Sobre a serigrafia:
Essa flâmula serigráfica, confeccionada em tecido de algodão cru, é uma peça que une design e discurso, trazendo um fragmento contundente da obra Areôtorare, de Lobivar Matos. O texto, impresso em tipografia marcante, ecoa o grito de denúncia que atravessa os versos do poeta, reforçando sua abordagem crítica à opressão e à invisibilização de vozes marginalizadas.
O tecido de algodão cru, com sua textura natural e minimalista, remete à simplicidade das práticas artesanais, ao mesmo tempo que sustenta uma estética contemporânea. A serigrafia, como técnica escolhida, garante a durabilidade e o contraste preciso da mensagem, criando uma peça única que carrega o peso histórico e poético das palavras de Matos.
Ideal para espaços que celebram literatura, memória e resistência, essa flâmula é mais do que um objeto decorativo: é um manifesto visual que provoca reflexão e diálogo sobre os gritos que ainda ecoam dentro de todos nós.
Sobre o livro:
Areôtorare é uma obra literária que transita entre a tradição e a ruptura, escrita pelo corumbaense Lobivar Matos em 1933. Com versos que combinam lirismo e denúncia, o livro explora temas como exclusão social, luta indígena e a memória coletiva, trazendo à tona vozes marginalizadas, como as dos borôros, trabalhadores do sertão e lavadeiras.
O título, de origem indígena, faz referência ao contador de histórias borôro, aquele que preserva e tensiona o conhecimento ancestral. É nessa tensão que a obra de Matos se insere, desafiando os moldes literários de sua época e construindo um elo entre o passado e a modernidade. Em Areôtorare, o autor utiliza a poesia para dar voz a quem frequentemente é silenciado, criando um gesto literário potente e atemporal.
O projeto gráfico do livro é um elemento que amplia sua potência literária. A capa e a quarta capa utilizam fotografias históricas de Manuel de San Martin, preservadas no acervo do Instituto Moreira Salles, que dialogam diretamente com os temas abordados na obra. A capa principal apresenta as ruínas de Humaitá, no Paraguai, registradas em 1886, um símbolo de destruição e transformação que ecoa nos versos de denúncia e resistência do autor. Já a quarta capa traz a vista de Corumbá no mesmo período, conectando a obra ao espaço de origem de Matos e reforçando as questões territoriais e sociais que permeiam o livro.
Além disso, a diagramação e o cuidado editorial ressaltam a poesia de Lobivar Matos, oferecendo uma experiência de leitura que une o poder das palavras à força das imagens. O projeto gráfico não é apenas uma moldura, mas parte integrante do discurso, sublinhando a relevância histórica e social da obra.
Considerada um marco da literatura brasileira, Areôtorare revela a força da memória e denuncia as desigualdades sociais por meio de uma linguagem poética que é, ao mesmo tempo, crítica e profundamente humana.
Garanta já o seu exemplar e mergulhe nos versos e imagens que ecoam por gerações, celebrando as raízes e os desafios que moldam a nossa história.
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