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Na confluência entre o corpo e a linguagem, Arcada estrutura-se como um rito íntimo dividido em quatro movimentos: “O rapto”, “A mácula”, “O retorno” e “A superfície”. Cada parte funciona como uma dobra na tessitura de um sujeito que se move entre a ferida e o feitiço, entre a escuta do desejo e a ruína da voz. Escrito em registro lírico, mas impregnado por imagens de gravidade cênica, o livro encena uma espécie de arqueologia afetiva que escava letras, gestos, substâncias e rituais de feminilidade em estado bruto.

 

Do afogamento inicial ao voo de retorno, a escrita de Andressa Arce atravessa temas como erotismo, melancolia, filiação, exílio e cura — não como tópicos, mas como forças tensionadas em cada poema. Arcada é, assim, um inventário encantatório de perdas e recomeços, onde a fala se faz costura, onde a ausência se grafia com saliva, e onde a genealogia feminina se dá tanto por gesto quanto por palavra.

 

Como primeiro título da coleção Coisas ainda sem nome, o livro inaugura a série com uma poética que desafia a nomeação: pulsa na margem, desloca os centros, recusa-se a caber — mas deixa marcas. Como as que restam na boca depois do amor, ou da linguagem.

 

Lançamento e envios em julho.

Arcada, de Andressa Arce

R$ 45,90 Preço normal
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