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Assim dói uma interrupção, de Malu Rodrigues, é um inventário de relações que se inscrevem no corpo como cortes, sobrevivências e reincidências. Estruturado em blocos que alternam confissão, fluxo de consciência e lirismo abrupto, o livro tensiona erotismo, violência, precariedade e desejo de aniquilação, recusando linearidade e qualquer promessa de redenção.
Malu constrói, assim, uma poética da fricção — que não cicatriza, mas expõe; que não purifica, mas atravessa — transformando o corte em vestígio e voz, num gesto radicalmente entregue ao desconforto de existir.
O livro está em pré-venda, com lançamento e envio previsto para o finalzinho de setembro.
Maria dos Anjos, de Lena Martins, nasce do encontro entre experiência íntima e pesquisa formal: um gesto de escuta radical à voz da avó — mulher imigrante de 86 anos, em processo de degeneração cognitiva — e ao modo como ela articula desejo, memória e esquecimento. A partir de um corpus de relatos e conversas, a autora adota o léxico e a sintaxe próprios dessa fala, construindo um campo poético que preserva não apenas o que é dito, mas também a respiração, a repetição e o lapso como elementos estruturais.
O resultado é uma escritura que se move entre poesia e narrativa, memória e delírio, compondo um filme feito de vozes, imagens domésticas e territórios afetivos.
O livro está em pré-venda, com lançamento e envio previsto para o finalzinho de setembro.
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